quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Carta Branca: Kêu Salvador e o Navio.


Oi amiguitos,
 
Hoje, por causa da chuva absurdamente forte que está caindo aqui em Salvador, em meio a tanta água, me encorajei a falar sobre o Navio, que é uma das cartas tema do nosso baralho de estudo.
 
Analisar o layout dessa carta é muito simples, porque traz elementos reais: Um navio em alto mar, em plena capacidade (a fumaça no desenho me remete a pensar que o navio não está parado), trazendo muitas mudanças. E é justamente a palavra de ordem dessa carta: Mudanças! Observe que um navio pode estar trazendo pessoas que imigraram para mudar totalmente de vida, por exemplo. Quero dizer que, quando um navio atraca no porto, vem com ele muita coisa nova, muita mesmo.
 
Quando essa carta aparece já estamos cientes de que mudanças estão no ar. São as cartas vizinhas versus a pergunta, que darão pistas de que mudanças são essas. Me atrevo a dizer que ela traz consigo uma mudança de espaço físico também, e é até lógico [ficaadica].
 
Quer outra dica? Preste atenção para qual direção vai esse navio, e terás mais evidências no seu jogo [beijonoombro]
 
Como mencionei no início do post, essa é uma carta tema para quando o assunto for viagem. É mais uma vertente do arcano 3, que pode estar anunciando uma viagem para o exterior, ou para muito perto, definitiva ou não. Enfim, uma viagem é uma viagem né meus amores? Sempre que você quiser investigar assuntos relacionados a viagens, não tenha dúvida, observe onde está o navio, bem bonito. J hahahahaha’
 
A escola brasileira nos permite relacionar as cartas com Orixás, e por isso, trazemos a luz do arcano 3 a grande e poderosíssima Mãe dos Orixás! Yá Omo Ejá, ou Iemanjá, a mãe cujos filhos são peixes. Temos nessa carta a influência de Iemanjá, que se apresenta todas as vezes em que o jogo ou método tiver enfoque em questões espirituais. E aproveito para dedicar esse post a uma grande amiga! Um verdadeiro tesouro que abrilhanta os meus dias, todos os dias, através de suas cartas amigas. Eu e Ela sabemos porque estou dedicando esse post a ela [Ai que vontade de citar seu nome].

 
Como proposto anteriormente, trago agora a visão de alguns amigos para esse post sobre o Navio. Pessoas competentíssimas, sérias e muito admiradas por mim. Deleitem-se:
 
"O Navio transporta, mas, ao contrário do Cavaleiro, o transporte aqui é por longa distância. É possível carregar mais peso, mais variedade. E mais: um Navio é uma Casa em alto-mar, o estável na instabilidade, podendo ser chamada de Lar por muitos. O Navio é o meio do caminho entre a carta 01 e a 04. Só que é um "meio do caminho" que vai além" (Emanuel J Santos)
O Emanuel é um querido. Se quiserem, assim como eu, aproveitar um pouco do muito que ele tem a nos oferecer, visitem o seu blog. P.S: Faço isso todos os dias [páh] hahaha

http://conversascartomanticas.blogspot.com.br/

"O Navio é uma carta de Júpiter, fala de novos rumos, distanciamento, e partidas, é sempre um afastamento, é uma carta que
trabalha muito mais em partida do que em chegadas, é preciso sabedoria para diferenciar essa questão" (Michele Serinolli)
A Micheli é uma fofa! Costumo chama-la de Amapô fechativa. (Vamos combinar que ela fecha mesmo hahaha). A pedido meu, ela gentilmente nos cedeu um pouco do seu conhecimento. Aproveite mais e mais, em seu blog, que em breve, estará no ar com muitas novidades.

http://animarcanotarot.blogspot.com.br
 
Que Iemanjá nos cubra, abençoe, proteja e nos dê muito discernimento J
 
Asé.
 
Kêu Salvador

Carta Branca: Kêu Salvador e O Trevo

 
Que delícia, vamos dá continuidade ao nosso estudo, sobre o Petit Lenormand. E hoje, falaremos sobre a carta n° 02, O Trevo.
 
Em seu layout, a carta de número 2 traz consigo um trevo de quatro folhas. Sob o enfoque da escola brasileira, temos no trevo um pequeno obstáculo, que pode ser ultrapassado. Ou ainda, um pequeno problema que pode ser facilmente resolvido.
 
É muito interessante citar aqui a visão da escola, porque, como vimos no post anterior, sobre o cavaleiro, a visão da escola é fundamental para a leitura. O significado do trevo na escola brasileira, é diferente da escola européia, que significa sorte, que aliás, combina com a fama que o trevo de quatro folhas tem, de trazer a sorte. Volto a repetir, o enfoque da escola brasileira diz que o trevo representa um obstáculo, pedras no caminho, que podem ser facilmente superadas, com determinação e fé. A combinação, ou ainda, numa linguagem cartomântica, as cartas vizinhas ao trevo é que dirão que tipo de obstáculo temos a frente.
 
É uma carta basicamente negativa, e carregada pelo naipe de ouros, que a torna mais voltada para o material.
 
Vamos lá, bonitos? Quem se arrisca a falar um pouco mais sobre o trevo?
 
Beijos, e até o próximo post,
 
Kêu Salvador.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Carta Branca: Kêu Salvador e o Cavaleiro!



 
Hoje iniciaremos um estudo longo, e muito amplo, sobre todas as 36 cartas do Petit Lenormand, uma por vez. Nos deleitaremos com a visão de todas elas, e sempre teremos aqui a visão de cartomantes amigos, os quais, sempre terão carta branca.
 
Antes de iniciar o estudo das cartas, gostaria de deixar claro que a visão que sempre utilizo em minhas leituras, é baseada no enfoque da escola brasileira. Para quem não conhece ainda, temos duas escolas que enfocam a utilização do Petit Lenormand: A Escola Brasileira, a qual eu utilizo por possibilitar a relação com Orixás, e a Escola Européia, com a qual eu me simpatizo muito. Cada cartomante se adapta ao seu modo particular de leitura, e eu penso que a escola, nesse quesito, também conta muito. Em breve, traremos aqui, com ajuda de muitos amigos, as diferenças básicas entre as duas escolas J.
 
Carta 1: O Cavaleiro!
 
Estamos diante da primeira carta do nosso baralho. Temos em seu layout, basicamente, um homem muito bem vestido, montando um cavalo. A ideia primordial que nos vem à mente são duas: Ele vem de onde? Vai pra onde?
 
A Carta 1 é uma carta que pede ação. O cavaleiro traz consigo o movimento, a ação, o descruzar de braços. Quando essa carta aparece, é preciso seguir em frente, sempre, mesmo que existam obstáculos no caminho, à mensagem é: Siga!
 
Numa visão mais voltada para escola europeia, o cavaleiro é um mensageiro. Ele vem de algum lugar, e vai para outro lugar, trazendo coisas: notícias, pessoas, anunciando viagens e etc. É a combinação de cartas que vai nos dizer de onde vem, para onde vai e o que esse cavaleiro traz consigo.
 
Aprendi uma técnica de leitura dessa carta, com a Odete Lopes, que é uma grande cartomante européia, que se chama Técnica do olhar. Por hora, não trarei essa técnica aqui, para compilar o post apenas no conceito padrão dessa carta, ok? Mas, não se preocupem, pois em breve, quando estudarmos as técnicas, faremos um post super bacana sobre a técnica do olhar, com a permissão da Odete, claro. [beijonoombro]
 
Como somos cartomantes, cada detalhe é crucial e como diríamos aqui em Salvador, cada mergulho é um flash, por isso, temos que prestar atenção no naipe que traz a carta, que no caso do cavaleiro, é o naipe de Copas, que fala de sentimentos, e por isso, o cavaleiro simboliza um momento propício para inicio de uma relação amorosa.
 
Voltando para a escola brasileira, associamos essa carta ao Orixá de número 1. Não podia ser outro, tinha que ser Exú, que é um Orixá mensageiro e também, um orixá ligado a ação e ao movimento. Exú sempre vai e vem de lugares, movimentando tudo. Em uma leitura, quando o enfoque for espiritual (Técnica + Combinação), teremos a figura do Exú estampada nessa carta.

P.S: O meu Exú já respondeu horrores através dessa carta! Hahahaha Laroyê \õ/
 
Vamos lá queridos, peguem essa carta branca, e joguem duro bem bonitos, porque eu sei que vocês são desses J
 
Beijo de Kêu, e até o próximo post!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Eu aprendi a ler cartas. E agora?



O desafio do ser Eu versus Eu cartomante!
 
Muitas pessoas buscam respostas para seus anseios, ou saídas para seus problemas, e o fato é que, de certo modo, todo mundo algum dia na vida procura algum tipo de oráculo para se consultar. Particularmente falando, eu jamais imaginei que dominaria qualquer tipo de oráculo.
 
O tempo passou, e através da mãe de uma amiga minha, conheci o Le Petit Lenormand, ou Baralho Cigano, como é mais conhecido. Quando encarei de frente a possibilidade de ser cartomante, eu não sabia ao certo o que “era isso”, e tudo que eu sabia era apenas um conceito pré-estabelecido da palavra: Eu ia ser alguém que abre cartas, e sabe-se lá como, consegue prever o futuro. Que tolice! Eu não sabia que as cartas não são uma ferramenta para adivinhação, e também não sabia que eu ia aprender a arte de “ler vidas”.
 
 As mais complexas, as mais monótonas, os maridos, as amantes, os filhos. É fascinante e ao mesmo tempo, aterrorizante, ter que dizer sem melindres a mensagem das cartas! Isso porque as pessoas, na maioria das vezes, esperam ouvir respostas que coincidem com seus anseios, porém, as cartas sempre revelam nada mais do que a verdade, e que, a adivinhação é uma mera “coincidência espiritual”, vamos dizer assim! Enquanto cartomante, busco vivenciar os 36 arcanos de que lanço mão neste momento, atrelando ao meu dia-a-dia, buscando elementos com os quais eu possa fazer alusões com a realidade, embora o próprio design do baralho já faça isso sozinho, devido as figuras que apresenta, como: urso, cobra, raposa, cegonha e outros.
 
 Em contrapartida, desmistificando a hipótese de que os cartomantes são adivinhos, temos um grande desafio em nossa frente, que é compreender a mensagem simbólica que o baralho apresenta. É um desafio, porque compreender vai muito mais além do que entender! No quesito compreensão, temos que manobrar vários obstáculos. O primeiro deles é a apreensão de ambos, consulente e cartomante. Do consulente, porque ele espera obter respostas, e do cartomante, que espera compreender a mensagem do baralho. E essa compreensão depende de vários fatores, que são eles: domínio do significado de cada carta isoladamente, concentração, intuição, inteligência emocional, e espírito psicólogo*.
 
Como disse anteriormente, e volto a repetir, cartomancia não é vidência! Não é que vidência não exista, mas, a vidência é um tipo de faculdade mediúnica que independe de oráculos. Médiuns videntes recebem mensagens visuais em qualquer lugar, de qualquer forma ou aspecto, a depender do seu grau de desenvolvimento versus a necessidade do plano superior de passar a mensagem ao destinatário. Se o cartomante tem esse tipo de faculdade, para ele é mais uma vantagem, e ele com certeza poderá fazer interpretações muito mais completas, do que cartomantes que não são médiuns videntes.
 
Segundo Alan Kardec, a mediunidade em si é uma faculdade, tanto quanto o olfato ou o paladar, que todos os homens encarnados possuem. Acontece que, em alguns, essa faculdade é mais latente. Já para outras ela é adormecida e precisa de acompanhamento para que desperte, assim como nascem pessoas surdas ou mudas, ou seja, nasceram com falta dessas faculdades. Sob essa ótica, todos nós somos médiuns, cheios de possibilidades, intuições, insights, ideias, visões, enfim, cada um vai dá o nome que entre de acordo com sua crença. Com isso, quero dizer que não existe cartomancia sem estudo. Qualquer oráculo exige método, tem conceito próprio, regras de utilização, e por isso, o oraculador precisa ter ciência das técnicas que vai utilizar. O tempo, a utilização e a prática farão com que o cartomante domine o seu baralho em todos os sentidos em nível de conceito, e mesmo assim, sempre se surpreenderá, porque cada carta tem um conceito pré-estabelecido, entretanto, esse conceito varia de acordo com a combinação de cartas que a tiragem vai apresentar, e também, o conceito da história do consulente. Este, por sua vez, precisa entender e isso é papel do cartomante, que o baralho não é uma adivinhação, e que o foco principal não é adivinhar o futuro.
 
 A função das cartas ou qualquer outro oráculo é transcrever mensagens ‘astrais’, impressas no baralho através da energia do consulente, que pode estar lançada no ar de diversas maneiras, visando o autoconhecimento. Há adivinhação? –Sim! Mas é uma consequência, até porque há um apoio espiritual, que por sua vez tem uma visão macro. Com isso, já que tocamos em assuntos que nunca ouvimos, e possivelmente poderemos descrever as características físicas de alguém que nunca vimos, configura-se uma adivinhação. Mas é uma adivinhação com base na análise combinatória, e não que estejamos vendo o rosto ou o jeito da pessoa através do baralho (exceto nos casos dos médiuns videntes). Viajaremos num mundo de mistérios e enigmas, num campo minado de conclusões ou não, e para isso, nós cartomantes temos uma grande lição para vida, que é o aprendizado constante. Cada dia é um novo dia, e cada jogo é uma possibilidade de aprendizado.
 
Nós cartomantes devemos abrir mão do perfil: Eu já sei tudo! E vestir a capa da humildade no quesito: Eu ainda tenho muito que aprender! Devemos de início, entender que cada oráculo tem uma forma de ser utilizado e devemos nos ater num primeiro momento a esse método, e depois, quando a prática se tornar constante, desenvolve-se uma forma de adaptação a este método ou quem sabe, novos métodos. Ler cartas é como aprender a mexer em um sistema novo! No começo, você faz exatamente igual como te ensinaram. Com o tempo, de tanto utilizar, você descobre formas novas, mais fáceis, menos complexas, e percebe que, na verdade, o que importa é o produto final estar condizente com a realidade apresentada.
 
O homem enquanto objeto de estudo
 
De certa forma, o baralho cigano, o tarô ou qualquer outro tipo de oráculo, permite ao oraculador, se ele se permitir, uma vasta fonte de informações para observação e conhecimento a respeito da pessoa que está se consultando, o qual chamamos de consulente. Cabe ao cartomante conduzir a consulta de forma a orientar o consulente a enxergar-se também, como produto do meio, e não vitimar-se, como é comum a todos que tem problemas para resolver. O baralho fornece, no momento do jogo, informações precisas a respeito do consulente e/ou da situação apresentada, indicando possíveis causas ou origens, e pode acontecer que, a fonte do problema seja o próprio consulente: Seus medos, suas atitudes infantis ou até a sua própria personalidade.
 
 Neste sentido, vejo o homem como o objeto de estudo central do jogo, e não a situação problema que ele apresenta. Muitos são os anseios, e muitas são as dúvidas de ambas as partes, mas é preciso saber filtrar as pessoas, logo no primeiro contato. Pode haver pessoas que estão interessadas em testar a ‘vidência’ –porque acreditam que cartomantes são adivinhos- e fornecer informações falsas a seu respeito para vê se você é um cartomante sério. Por isso, é importante fazer com que o consulente apresente elementos que vão basear a consulta, e nortear o cartomante quanto às possíveis combinações que o jogo vai apresentar. Não julgo ser incorreto ou amoral questionar o consulente quanto ao seu problema com perguntas objetivas: - Porque decidiu consultar as cartas? –Você é casado(a)? –Você tem filhos (as)? Munido dessas respostas, antes de abrir o jogo, fica muito mais fácil saber quem são aquelas pessoas (se o método apresentar pessoas) que estão rodeando a vida daquele consulente!
 
E para você, o que é ser cartomante?
 
Discutiremos isso no próximo Post.
Beijos, e até lá.
 
Kêu Salvador.

sábado, 16 de novembro de 2013

Dialogando..

A Torre
Oi Gente,

Começamos hoje uma longa viagem!

Em torno de nós mesmo há uma luz, e é com essa luz que vamos iluminar o caminho a nós mesmos. Há de mim, aqui, o melhor, e eu espero de vocês, o mesmo. Contribuiremos mutuamente numa troca de conhecimento em mão dupla, onde não há mestres, doutores, sabichões, gurus ou videntes. Traremos a luz dos nossos conhecimentos para auto aprendizado e auxílio a todos aqueles que quiserem, assim como eu, aprender a cada dia mais.

Convido-os a fazer uma viagem para dentro de si mesmos, e buscar o motivo real e mais primitivo que os fizeram estudar a magia simbólica das cartas. Se algum dia esquecer-se para onde vai, relembre o motivo que o motivou a ir.

O assunto principal aqui é o Petit Lenormand, que é mais conhecido como Baralho Cigano. Entretanto, todo e qualquer assunto que envolva espiritualidade é muito bem vindo. Neste espaço, construiremos bases sólidas, e a pedra fundamental é o respeito. Não acreditar nunca pode ser sinônimo de não respeitar!


Aqui estou para muitos, e os quero comigo sempre.
Me chamo Kêu Salvador, e a todos vocês, a minha Carta Branca.

Super Beijo,
Kêu Salvador.