terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cartomancia é um dom. -Sóquenão!



Há muito me pego pensando sobre a mágica fonte de saber que rege a cartomancia, sobretudo no Brasil, e me faço sempre a mesma pergunta: É dom?

Me pergunto, e a prática constante, além de muita leitura sobre o assunto me fizeram perceber que, NÃO! Mas então Kêu, explica! –Tá bom -

As cartas nos fornecem, num jogo de imagens, figuras simbólicas perfeitas para a construção de uma frase, num tipo de matemática muito lógica – as vezes -. Costumo brincar sempre que, um mais um são dois, e ponto final. A partir daí, outros fatores começam a ganhar forma, o que delimita a diferença entre cartomante A, B, C e D.

A cartomancia é possível para aquele que se permite, estuda, analisa, ouve, fala e possibilita uma via de mão dupla: Oraculo e Oraculador. Jogar cartas nada mais é do que ouvir a voz que cada imagem fala, no primeiro momento. E me atrevo a dizer que, essa é a premissa do aprendizado: -Você vivencia a carta, experimenta-a e começa a perceber se o comportamento dela no jogo, tem haver com o que a imagem te disse. E assim, você anda na tangente da espiral do conhecimento: Construindo o saber! Essa é a sua base de discussão. Embora cartomante J e H digam que carta Y se comporta de X forma – porque experimentaram assim -, você vai poder defender a sua vivência, tendo como base o conceito padrão de cada carta – sem menosprezar a dos demais -.

Discutir ideias, e até mesmo discordar, nunca pode ser sinônimo de desrespeitar.

Falando de forma mais clara, você estuda, pratica e pronto, o tempo construirá o que falta. Acontece que esses passos nunca poderão ficar para trás. Não há regras, apesar de haver bases. O bom cartomante, ou melhor dizendo, a boa cartomancia é infinita, sem nenhum tipo de engessamento.

Cada jogo traz consigo uma nova tônica, ou quem sabe, um novo conceito. Cabe a mim, a você, a qualquer cartomante, saber fazer um paralelo entre a descoberta e o desprezo. Sim, porque você pode simplesmente ser o cartomante que domina a técnica, mas desconsidera a essência do “se permitir”, tendo em vista de que qualquer carta pode mostrar a você um novo aspecto que, mesmo com o olhar mais apurado no momento, você não tinha visto. Eu penso que o descobrimento também tem haver com o estado de espírito. Por isso que o estudo aliado a prática, tem que ser constante, porque a todo momento, mudamos o nosso ponto de vista – poucos reconhecem -.

Ninguém tem propriedade sobre o conceito das cartas de nenhum oráculo de cartas, tendo em vista que a cartomancia é, além de tudo, vivência. Somos detentores do conhecimento. Melhor dizendo, do nosso conhecimento sobre. E aproveito a oportunidade para citar Paulo Freire, quando diz que não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes. 

Super concordo com essa ideia. Muitos cartomantes experientes, com mais de 20 anos de cartomancia ou até menos, julgam-se experts no assunto e a ideia que me passa é que eles pensam: JÁ SEI TUDO! Bom, só lamento por eles. Eu não sei nada, e quanto nada sei, tudo quero buscar. E aquilo que eu formo é apenas um grão, perto de tudo que ainda há para se descobrir. Portanto, eu respondo a pergunta originadora deste “artigo” dizendo que cartomancia nada se liga a religião ou qualquer tipo de dom ou mediunidade permissiva. Esses fatores podem auxiliar a leitura, claro! – Deve ser tudo ter uma Pomba Gira cigana explicando no pé do ouvido rsrs - Mas, temos que deixar claro que a cartomancia é feita em cima de estudo e prática, o que vem além disso é complemento!

E apenas para construir de vez um raciocínio sobre o assunto, eu digo que cartomancia é pré-disposição.

 Aff, me deu a sensação de ter resumido todo o texto, em apenas uma frase hahahaha

Beijôô ;)

Kêu Salvador



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Kêu Salvador e O Chicote no Petit Lenormand

                                            "Vida, Ah, minha vida. Olha o que é que eu fiz (8'

Olá queridos amigos, depois de um belo tempo sem falar sobre as nossas cartas, volto hoje com bastante vontade de escrever. E hoje, vamos falar sobre uma das cartas maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais polêmicas do Lenormand, 11 - O Chicote.

Temos, antes da carta, um “instrumento” ou um “objeto” que confere poderes a quem o segura. Quem tem um chicote em mãos tem uma espécie de autoridade, como os capatazes em fazendas, ou um Boiadeiro, com seus gados. Por isso, o conceito primário e mais simples do Chicote, é poder. 

Nesta carta, assim como nas outras, temos polaridades positivas e negativas, e por via de regra, em cada carta, um é mais latente que o outro. No caso do chicote, por ser uma carta que fala de poder, tem o lado negativo bem acentuado: Brigas, discórdias, discussões, abuso de autoridade. Porém, o lado positivo dela nos convida a tomar um posicionamento melhor diante da vida. O chicote nos convida a ter força de vontade para superar os nossos desafios, tomando as rédeas da nossa vida. De forma bem controlada, se bem utilizado, um chicote confere poder a quem o segura, mas um poder ganho pelo respeito, e não pelo medo.

Outra faceta muito polêmica desta carta, é que ela PODE representar uma interferência através do uso de magia. E eu escrevi o pode em caixa alta, de propósito, porque temos que observar muito essa questão antes de afirmá-la, porque muitas pessoas acreditam que em tudo há influência espiritual, porém, nem sempre é assim. Muitas vezes, o próprio consulente não entende que é preciso força de vontade para resolver os problemas, e como é mais fácil se vitimar, então já vão nutrindo a crença de que há algo espiritual envolvido. Sei lá, as vezes é falta de um belo “Chicote” na vida. (Nossa, essa frase ficou tão pornô) kkk Adooooro J

Influência espiritual e/ou através de magia existe sim, e podemos sondar este assunto com o Lenormand, mas devemos ter cuidado, porque existem oráculos específicos para este tipo de situação.  E para finalizar, deixo vocês com um pequeno texto que escrevi hoje pela manhã, quando eu tive o influxo de que deveria postar sobre o Chicote, hoje:

“A força de vontade é o elo entre a inércia e o sucesso. Ter em mãos, aquilo que chamamos de poder, pode ser a salvação ou o nosso passaporte direto para o fracasso? Siga seus influxos, mas lembre-se que onde há direitos, há também deveres.”

-Kêu Salvador.


Um abração do Kêu, até a próxima.